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sábado, 20 de outubro de 2012

Diamantes






      
 

Homem e mulher habitam
O mundo dos diamantes.
Homem e mulher
Amam de dia e a noite
Viram amantes.


Homem não quer criação,
Homem quer violação
Com participação da mulher.


Mulher quer criação
Depois da violação,
Depois filhos com participação do homem.
De dia: matrimônio, casa e filhos.
À noite hormônios à flor da pele: comem.


Se esta ciranda fosse comum e verdadeira
As liras dos poetas achariam suas videiras
Para dar nomes aos amantes que dormem enlaçados.   

 

 

 

 

 

 

       

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Palíndromo







              
Por favor
Um ovo.
Louvo
Aceitá-lo.
É um palíndromo,
Mas se quebrar
Não é fim do mundo!
Apenas se tiver grávido.

Você faça uma regressão,
Volta o tape,
Repete de trás para frente
Que isto que você fez é uma agressão!
Com uma palavra que tem toda esta graciosidade
 De ser lida de frente e verso
Embora eu utilize para verso\ poema.   
  

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nada (em) contra tudo







           
 

 

Tudo que é sólido só é lido depois de ameno.
Tudo só lida com o menos.
Tudo só relida com a própria vida de nomes.
Vai o nada em cada levada com o tudo que come.
Nada saiu do fone e foi com tudo ao fenômeno.

Nada quis ser alguém
Tudo não deixou. Disse que era hora de sala.
Nada quis a fala,
Ir pro consultório (psi) analisar seu próprio eu
Nada tenho dizer para o senhor!

Tudo que me botou neste rascunho
                                Neste embrulho

 Ah! Meu Deus como sou infeliz por não dizer – tudo...                                          

        

  

 

 

 

 

           

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Anarquia






         
 

Anarquia Aqui? Ou Ana Traquitana.
Ana guiada. Ana queria tríade de
Comportamento social\ Antítese
De ordem e governo. Ana cria
Mecanismos de gerenciar sua tese
De que quanto menos falar
Mais amores livres
Encontraria nestas miríades.

Por que não mandar as palavras
Para algum ourives dilapidar silogismos?  
Afinal: anarquia é forma de afronta de mandar tudo às favas. 

 

 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Rascunho







Rascunho.
Rascunhei
Seu nome
Você virou
Uma pessoa
 
E leio
Um poema
De Fernando Pessoa
Para ficar contigo
À toa; numa boa,
Mas o poema é meu
Do meu próprio cunho
Do meu próprio rascunho.
 
Quando imagino uma garota
Eu risco o giz no alto de Junho
E lá quando em Minas dá garoa
Eu passo a limpo
Escrevendo na cartolina
Do meu próprio punho, apenas.


     

Instante






       
        
Instante
Que o sorriso
É um sol colorido.
 
Instante
Que só o riso
É uma sina aberta.
 
E eu eqüidistante
De um louco aviso
Que me faça pertinente.
 
Eu que tanto preciso
De um friso com a sua atenção!
Em meus momentos indefesos...
 
Não parta nem de perto - não suporto
Um espaço sem uma constante sua;
Com braços distantes
E amigos ilesos que mal se importam

Um romance amoral





 
 
   O que quero é entrar
   Em você
   No abrir da tua boca.
   No falar de seus sentimentos.
   No despir a tua roupa.
  
   Não quero os olhos
   Que te bisbilhotam no momento íntimo.
   Que te concebe os nossos filhos.
   Que perdoa os trilhos ínfimos.
 
    Eu preciso de uma idéia parelha: sua e minha
    Que bote nossa vida junta em climas!
    De muito amor e logo que a chama venha, vem centelha!
    Explodirá futuros longínquos
    De nossa vidinha profícua.
    AH meu amor se me der
    Um romance amoral - Anuncio minha orelha!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dança de olhar vitrais




  
 Quantos pedaços de cristal andaram sem quebrar?
 Você que anda por sob a mesa de seus Pais.
 Quantas peças de xadrez você tocou sem jogar?
 Quando sua acidez lhe dá e não lhe tira os finais.


  Mundo adulto
  Você se dá com todo mundo
  Você é alto como um tira
  Sua estória é uma tira de jornal.

 
  Quantos traços de você cabem em seu rosto?
  Até que alguém te reconheça
  Você que andou, que quebrou que armou um sorriso mortal
  E alguém vem e lhe tira do posto
  Do front da sua consciência!


  Quem te tocou com amor?
  Na última sonata
  È mesmo necessário à dor deste morto?
  Que suas ações te atam
  Quando pratica sua dança de olhar vitrais! ! 

 

 

 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Balaio de Sampa







 

M enerva
Os chatos sem luzes
Sensoriais!

M serva
Os pratos sem luxos
Apenas com cereais!  

M erva
Os fumos que assumo
Em noites seriais!

M leva
Os dias estéticos
Que pinto chagais virtuais!

M eleva
As canções do ano e o balaio
De Sampa-io! 

M veja não ser
Um Pai Laio que casou
Com Jocasta e criou
Édipo!