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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Serão promessa, serão cromossomos

Vi penugem no bigode
Vi serragem no serrote
Tais itens
Surgem de elementos naturais
Para iniciar o mundo
Em foco.
Tudo que for
Fecundo
Deve ser metaforizado:
Os grãos,
Os óvulos
Os átomos
No físico, em segundos
Serão promessa,
Serão cromossomos.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Tudo pode dar errado

Tudo pode dar errado!
A não ser
Que se dê o recado
Mas é complicado,
Quem ouve tende a selecionar.
Chamamos isso de critérios.

Eu clamo, Jesus
Frase, link
Para outras narrativas
Outros envolvimentos?
Como passear com seu cão,
Ou uma corretiva no ladrão:
Chamo o inspetor Espinosa
Antes que você saia de minha casa.

Um quasar

Se você for um quasar
Pinte meu corpo lá
Em aquarelas estéticas.
Eu só não assino estes castiçais de velas poéticas.

Escreva teses de filósofos céticos
E peçam para limpar a capela de Santo Agostinho.
Requinte e beleza nos adornos
Com a filosofia do próprio Adorno.

Vinte tomos de caderno de filosofia na retina
E os olhos cansados: eliminam meu sono da mente.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Percevejo brinca de matizes...

Vem de algum canto
A noção do espaço...
Vem do canto
Do tempo...
O percevejo brincando de matizes...

Num espaço
ìnfero gráfico
Ponho na minha retina
A menina de olhos tenazes.
Pois está tão triste!
Que tenho que esperar
Por condolências suas.
Umas luzes
Na escrivaninha,
Companhia de Libra,
Balança e linha
Por que escrevo?
Rezo!
Dozes aves marinhas
Que migram
Para o mar
Para lavrar
Duetos
De partes integrantes de algum contato.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O teremim das canções folks

No átrio do pátio
Há uma nuvem cigana passageira
Que passa, passa trovoando primeiro pelo pensamento.

Chão que piso
Alastre o sol que gera luz no entendimento
Dos seres maleáveis e de órbita ligeira.

As funções malévolas não natam mais meu ser,
Pois, meu ser procura os contornos nítidos dos outros
Para desenhar pétalas flores em cada cárater.


Fica bem
O teremim

É natural ou simbólico?
Das canções folks
Que depuro com meus ouvidos honestos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Entre iscas e mesas de cerveja

Sopapos:
Local ou Parlamento
Para sair no braço.
Aos fanáticos torcedores
Apostavam
Quem supostamente
Iria quedar na lona.
Deposto: o fraco saía à francesa
Para deixar ao sobranceiro
O gosto por cancioneiros
De peleja,
Mas hoje no bar entre iscas e mesas
De cerveja
Conta-se só com a leve e prazerosa duração de papos.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Cânfora

Tente de uma vez
Dragar
O rio Tietê.

Só é contente
Quem já fez
Derramar as lágrimas.

Rimas em canções
A tramar as
Lentes da filosofia.

As tensões são tantas
Que o corpo flagra
A palavra
Saindo pela quitanda afora.

Mais alhos que pimentões
Mais atos falhos
Para a benemérita cânfora!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ditames

Será necessário
Singrar os mares
Ou sangrar as veias?

Deixar então que a morte
Se faça em leito
Ou amamentar
Uma anciã no peito?

Deste jeito
A morte viria mais tarde
Ou mais forte que tempestade?

Causaria faniquitos
Em freiras caridosas
Ou frieiras no pé do Bispo?

Tudo é contágio!
Até a miopia
Quando herdo o fenótipo de minha mãe.
E quando inclino nos olhos
O óculos para ver o mar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tímpanos e timbales

Há uma nova sensação nos meus ouvidos!
Será que se trata de tímpanos e timbales?
Farei pelos anos
Os serviços em bailes
E festas.
Por quê os viços mais caros vão pelos ares?
No afeto do corpo que embala
O tiro que festejo do beijo
Em ponto de bala, de bala...
Toda lavra defrata em Lavras,
E eu levo meu amor só nas palavras!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Repleto de conteúdo

Ele era repleto de conteúdo.
Só não entendia porque não era completo
Na emissão de sinais.

Entendia de tudo
Mas entristecia quando olhava o cais.
Alguns dias até se fingia de morto
Para não amar

Quando auferia seus finais de semana sem trabalho.
Pois quando tinha sorte, e algum destemor
Ele pedia à Santa Genoveva
Para lhe trazer somente parcimônia.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A chave do ser

A chave é a filosofia do ser:
Concebe o que está por vir.
Neste lugar - espaço há de convir
Com alguma presença.

Pois a chave muda a posição
Do ficar ao ir.
Ela transforma ausência em sentença.

Pois de portas de minha alma
Basta um amor entrar
E fazer do espaço: uma sala de estar.