Páginas

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Catre





    
 
Catre
Levanta o corpo.
Atravessa
Minha vontade.
Eu que só deito
Neste depósito de tarde.
 
O sol nos meus poros
São imãs imantados.
Aqui não vejo rostos
Nem anjos,
 
Aqui é o porão dos meus negócios.
Animal que já fui
Agora sou fóssil.
 
Neste catre viro onça
Rodeio a cela
Procuro dança
Como mortadela.     
Durmo...
Na noite mais antiga
Sonhei com liberdade.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário