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terça-feira, 4 de setembro de 2012

tempo: ode à memória








     
       Tempo, tempo ode à memória!
       Parece cão que rosna e morde,
       Parece palavra que veio e estorna.
     
       Tempo: narração de uma estória
       De um grupo de senhoras!
       Transforma esta inocência
       Numa morna hora brejeira.
      
       Naquele lugar onde Pirilampo acende
       O lampião é hora da festa das Laranjeiras!
       O moço pede licença à adolescente
       E tira do cigarro, uma fumaça derrisória.   

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