Pequena, nosso amor se apequenou
De
tanto escrever poemetos
Nosso
amor não se afirmou.
Eu
era o poeta e você minha voz
Eu
tentei escrever versos livres
Para
te captar na foz
Da
onde nascem nossas palavras.
E
a posse reforça
Que
o verso é controverso
Quando
há desejo, nervo (só).
E
por liberdade de te escrever
Como
a liberdade de crer e ver
Que
a posse é o brejo
Das
nossas linhas que se atolam.
Se
prendemos aos verbos
Que
não narram e
Fazem
da nossa vida uma bossa:
Uma
canção desafinada
Que
nem João Gilberto
No
seu banquinho desafiaria.
Fernando Andrade
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