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domingo, 8 de setembro de 2013

Poemetos no amor








   

Pequena, nosso amor se apequenou
De tanto escrever poemetos
Nosso amor não se afirmou.

Eu era o poeta e você minha voz
Eu tentei escrever versos livres
Para te captar na foz
Da onde nascem nossas palavras.

E a posse reforça
Que o verso é controverso
Quando há desejo, nervo (só).

E por liberdade de te escrever
Como a liberdade de crer e ver
Que a posse é o brejo
Das nossas linhas que se atolam.

Se prendemos aos verbos
Que não narram e
Fazem da nossa vida uma bossa:
Uma canção desafinada
Que nem João Gilberto
No seu banquinho desafiaria.

  Fernando Andrade







           

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