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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Por que as paredes teriam que manter a calma?







             
Poema por Fernando Andrade

 

Um dia normal
Filtra por entre persianas
A luz matinal
E um sorriso do sol
Ali toca sua camisola
Deixada em cima do piano.


E o sair da cama é silencioso
Depois de toques e carinhos,
Resta o amarfanhado
Das unhas aleivosas
De um gato siamês
Que busca os restos de afetos e gestos que ficaram na cama.


E o dia passa entre horas & mestiçagem
De encontros e afirmações
De linhas férreas de estações
De palavras que iniciaram os desregramentos dos sentidos!


Por que as paredes teriam que manter a calma?
E não cuspirem reinvenções do ocorrido.  

 

 

 

 

 

 

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