Poema por Fernando
Andrade
Um dia normal
Filtra por entre persianasA luz matinal
E um sorriso do sol
Ali toca sua camisola
Deixada em cima do piano.
E o sair da cama é silencioso
Depois de toques e carinhos,Resta o amarfanhado
Das unhas aleivosas
De um gato siamês
Que busca os restos de afetos e gestos que ficaram na cama.
E o dia passa entre horas & mestiçagem
De encontros e afirmaçõesDe linhas férreas de estações
De palavras que iniciaram os desregramentos dos sentidos!
Por que as paredes teriam que manter a calma?
E não cuspirem reinvenções do ocorrido.
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