Poema Fernando
Andrade
Eu vou
Eu vouCom meus sapatos furados
Eu to eu to
Com meus tostões furados
Eu volto para ti
Com minhas canções duradas
Até meio minuto
Até meio astuto
Eu cavouco um sonho
No meio de um duto
No salvo conduto
No salvo conduto
Eu tenho veios dourados
Eu tenho lágrimas choradas
Que posso te dar
Para lhe perguntar
Aonde vai sendo tão adulta?
Por que pergunta?
Eu assunto
Eu vou com meu advérbio coloquial
Mas e o padre paroquial?
O que ele fez para ser tão conjunto
Com as nossas falas
Eu pergunto - onde está a alma de nosso amor?
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