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quarta-feira, 13 de março de 2013

Pescando truta em nove meses







          
 
Uma paródia de gêneros por Fernando Andrade

A loção que a menina passava dependia  do que ela tinha em sua pele fria e azul talvez como o céu da seis da matina. E era olhando para este céu que ela fazia sua locução de um jogo de trutas que escapam de pescadores subindo a correnteza acima. A conotação era que por ser um peixe tinha um número de sentidos pejorativos de que há algo escondido, ou subentendido, tudo que é camuflado porque já foi inflado no seu sentido e depois adquiriram leveza, como as lesmas que ganharam fama de serem as últimas a chegarem a algum lugar. Todo início é bom, mais o meio e fim carregam o peso de séries de repescagens. Ou talvez a pesca de uma série de TV onde se perca os personagens pelo grande irmão que (a) tira como Sam Spade, o detetive, nos mais maquiavélicos que um dia resolveram colocar na TV o tal de Édipo muito gordo e adiposo que chegava a casa e amava a sua senhora Jô(casta) pela (ex)quadrilha de alumínio.  Mas a menina de sorriso azulejo tinha saído para comer umas ostras. Na verdade ela queria comer uma outra menina que era muito interiorizada e então lembrou de que poderia usar algumas trutas suas - escondidas nas mangas, que era exatamente onde ela tinha colocado quando os pescadores queriam as trutas que subiam as corredeiras para procriar gêneros, mas por enquanto não dá para contar por que nove meses é o tempo de gestação...          

 

 

 

 

 

 

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