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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Era tanto Agosto

Cedo ou tarde
O eco do silêncio chega
Na última molécula do eu.

O último suspiro encosta na parede de alvenaria
Da casa que Clarisse morreu.
Tinha à sua cabeceira
Cápsulas vermelhas.
Era tanto Agosto
Que esmoreceu sua vontade de ter uma casa com telhas de amianto,
Pois ela sentia um frio lá dentro dos ossos!!

Colocaram nas janelas uma cobertura de mantas
Para que os olhos...
Não descobrissem os cantos da sua voz
Por onde ela lamentava antes de se aquietar.

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