Páginas

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Caligrafia dos mortos

Lanço a mão à décima prateleira.
Todas ali colocadas com a febre do escrevi
Com minha lapiseira.
Com ela penso que as linhas
Não soam tortas
Por que na ordem alfabética dos livros na estante
Caminham letras que modulei com a fina caligrafia
Dos mortos.
O contato com as palavras é um pranto
Que ia ditando numa espécie
De oração
Praticada por espíritos indóceis,
Por personagens cruéis e
Por não saber que a memória
É como a fina bijuteria de grafites.
Em contato com a folha, podiam produzir ilações nas estórias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário