Páginas

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O homem do fim da linha

Tem-se início a linha de um conto.Um homem esperava na linha. Dois dias atrás, havia ligado para Ana naquela linha de telefone secreta. Falava por linhas de baixo frequência. Antes de ligar tinha andado numa linha boa de ação de comportamento exemplar de quem quer continuar por ai. Estava na cozinha, com a linha do bolo crescendo na forma. Ela não me deu bolo! Os dois tinham ido a praia, ela alinhou a canga na areia e disse a ele não te amo mais! Depois de 20 minutos eles se despediram. Ele pegou a linha de ônibus 111 ( linha para lugar algum) e foi para casa. Parou na farmácia e comprou um remédio e leu a bula linha por linha. Provavelmente para acalmar as linhas de seus pensamentos que estavam meio nubladas e sujeitas à trovoadas. Foi para casa e resolveu revisar seu romance na linha 3 e 4 da primeira página. "Estou com 34 anos! As duas linhas juntas! Foi no banheiro e viu as linhas de seu rosto verticais como as linhas coloridas da Tv fora do ar. Pensou, estou lunático! Avaliou a possibilidade de alinhamento de dois planetas se colidirem: Seria Júpiter e Terra? Saiu aterrorizado e foi para a primeira estação de trem. Segundo Italo Calvino, lá os personagens vão quando bate o desespero.Parece a transição da ação em ponto de agonia com a esperança de algum destino... Paisagem na neblina e Trem noturno. Sai pela linha de trem afora, tentando não pensar naquele conto do David Means, onde um personagem anda pela linha férrea até ser espancado por um grupo de desordeiros. Continua andando até chegar a uma encruzilhada e vê um placa dizendo FIM DA LINHA. Obras em construção

Nenhum comentário:

Postar um comentário